Razões pela qual os administrativos da saúde fazem greve
Os administrativos da saúde nos últimos anos, tal como os restantes trabalhadores da Administração Publica perderam:
ü 8% nas remunerações;
ü Os antigos escalões foram suspensos a partir de finais de Setembro de 2005;
ü Os concursos de promoção deixaram de existir;
ü Várias alterações ao Estatuto de Aposentação originando confusão e incerteza.
Já no corrente ano as medidas previstas no Programa de Estabilidade e Crescimento PEC 2 e PEC 3 agravaram a sua situação laboral, mesmo assim o Governo contemplou novas medidas previstas na proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2011 muito gravosas para a população e em particular para os trabalhadores da Administração Pública.
ü Corte nas remunerações acima dos 1 500,00€; (somatório das remunerações)
ü Congelamento de todas as promoções e progressões até ao final de 2011;
ü A contagem do tempo de serviço para efeitos de progressão é suspensa;
ü Cortes nas prestações complementares, nomeadamente no abono de família;
ü Aumento do desconto de 1% para a Caixa Geral de Aposentações;
ü Aumento do IRS;
ü Congelamento de todas as pensões;
ü Redução da comparticipação pela ADSE;
ü Redução de contratos a termo.
São medidas inaceitáveis para os trabalhadores e trabalhadoras que exercem funções administrativas no Serviço Nacional de Saúde,
Acresce ainda a interrupção unilateral das negociações para celebrar um acordo colectivo de trabalho para os trabalhadores em contrato individual de trabalho que exercem funções nos hospitais EPE,
Estes cortes poderiam ser evitados se fossem concretizadas medidas objectivas nos gastos desnecessários no Ministério da Saúde, nomeadamente:
ü Contratos em número elevado e muito bem pagos com pseudo gestores, assessores, chefias, etc;
ü Aumento injustificado nas despesas de representação, nomeadamente no abuso da frota automóvel, com todos os gastos inerentes á sua utilização particular;
ü Aumento injustificado nas requisições ao exterior dos exames de meios complementares de diagnóstico e terapêutica;
ü Recurso sistemático a contratos de outsourcing, empresas de trabalho temporário, etc.;
ü Má gestão dos SIGIC;
ü Ineficácia na cobrança das taxas moderadoras e seguros;
ü Gastos inúteis em algumas aquisições e obras sem qualquer contrapartida na melhoria dos serviços prestados;
ü Dúvidas nas parcerias Público-Privadas.
Em tempo de PECs. Se o PEC 3 não chegar há uma solução, novo PEC 4 com mais cortes e consequente agravamento das condições de vida dos trabalhadores e da população mais carenciada.
Entretanto a economia emagrece, não gera receita e o país fica mais pobre.
É tempo de os administrativos da saúde exteriorizarem o seu descontentamento e aderirem a todas as formas de luta, mostrando o quanto é errado e ineficaz a política seguida pelo governo.
recebido pelo ASPAS
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